Usando dados pessoais comprados de terceiros, esses grupos
só precisam da foto do perfil do usuário clonado para iniciar a extorsão da
vítima. A grande diferença desta nova modalidade é que a vítima não fica
sabendo que os criminosos estão usando sua identidade para aplicar o
golpe. Isso acontece porque os bandidos já tiveram acesso a dados
pessoais e é esta é a principal mudança no esquema do golpe.
Para manter a operação, os criminosos compram banco de
dados com endereços, telefone, local de trabalho, preferências de lazer, etc. A
outra ponta, que comercializa essas informações, foi nomeada de Data Brokers,
termo que inclusive batizou a operação da Polícia Civil de Goiás no mês
passado. Em outubro, outra operação, chamada de Peregrino 2, que também atuou
em São Paulo, prendeu alguns destes agentes.
Os Data Brokers em si não operam o golpe, mas são parte crítica. Eles são responsáveis por obter os informações pessoais do bancos de dados e organizam os ataques virtuais contra as empresas.
“Todos os tipos de
empresas podem ser vítimas, mas claro que lojas online são alvos óbvios. Ainda
assim, qualquer uma conta com banco de dados de funcionários e de clientes que
podem ser usados para abastecer o esquema”, contou Fabio Assolini, analista
sênior da Kaspersky, empresa produtora de softwares de segurança para a
internet.
Depois de comprarem as informações pessoais dos Data
Brokers, os criminosos procuram nas redes sociais pelos nomes e fotos das
pessoas para serem usadas nas contas que usarão para fazer as extorsões. “Por
isso que a pessoa não fica sabendo que sua identidade está sendo usada em
alguma infração”, afirmou Assolini.
O analista ainda explica que, para iniciar o golpe, a
primeira mensagem que os criminosos costumam enviar a familiares e amigos é
“troquei meu celular”. Após uma rápida troca de mensagem para enganar o
interlocutor, o criminoso faz a já conhecida solicitação de empréstimo de
dinheiro para pagar uma conta ou realizar uma compra e o novo celular.
Apesar da forma ser novidade, a clonagem de WhatsApp não é
uma prática exatamente inédita. Mas continua bastante eficiente. Uma pesquisa
realizada em 2019 pela PSafe, desenvolvedora dos aplicativos dfndr –
laboratório de segurança digital –, revelou que 8,5 milhões de brasileiros já
sofreram o golpe da clonagem do aplicativo.
+Detalhes:
https://www.metroworldnews.com.br/foco/2020/10/26/novo-golpe-clonagem-whatsapp.html
Com informações do metro Jornal.
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