Para os pesquisadores, o quadro reforça a urgência de o
governo definir os rumos da política de assistência social após o término do
auxílio, com uma estratégia clara, recursos ampliados e a definição de fontes
de financiamento permanentes.
Nas últimas semanas, a ampliação do Bolsa Família e sua
transformação em Renda Brasil ou Renda Cidadã tem sido motivo de bate-cabeça no
governo, com anúncios desencontrados, membros da equipe econômica desautorizados
publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e temor nos mercados diante de
algumas das propostas de financiamento cogitadas.
Segundo estudo dos pesquisadores Lauro Gonzalez, Bruno
Barreira e Leonardo José Pereira, os 38 milhões correspondem ao número de
pessoas que receberam a primeira parcela do auxílio -de um total de 67
milhões-, mas não estão inscritas no Cadastro Único e, portanto, não vão
receber o Bolsa Família quando a transferência emergencial for encerrada.
Eles representam 61% da parcela da população que recebeu o
auxílio emergencial. Mais da metade desses trabalhadores (64%) são informais,
74% deles têm renda até R$ 1.254 e são em sua maioria pessoas de baixa
escolaridade, com no máximo o ensino fundamental (55%).
O estudo não diferencia, porém, a parcela da população que
recebeu o auxílio sem ter direito. Segundo relatório do TCU (Tribunal de Contas
da União) de agosto, 6,4 milhões de pessoas estavam nessa situação, incluindo
militares e funcionários públicos que sacaram o recurso indevidamente.
O levantamento da FGV foi feito a partir dos dados
referentes ao mês de agosto da Pnad Covid-19, pesquisa criada pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para mensurar os efeitos da
pandemia sobre o mercado de trabalho e a saúde dos brasileiros.
+Detalhes:
Com informações da Folhapress.
Interaja mais:
https://www.facebook.com/manchetedecapa1/
https://twitter.com/MancheteDeCapa
Nenhum comentário:
Postar um comentário