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BRASIL: Farmácia vende ilegalmente 'Kit COVID-19''

 

Uma farmácia localizada no Núcleo Bandeirante vende, de forma irregular, medicamentos que supostamente ‘previnem’ e ‘tratam’ a covid-19, um tipo de serviço considerado criminoso pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal. O contato para a compra na Drogaria Ultra Popular é feito pelo WhatsApp de um funcionário que diz se chamar Flávio. O orçamento e o pedido são feitos antes e de acordo com a demanda da pessoa: se é pra “prevenir” ou para “curar”


O kit anti-covid-19 inclui Azitromicina, Leverctin, Zinco quelato, além de Vitamina C e D, ao custo de R$ 156. Já o kit de tratamento vem com Azitromicina, Zinco Quelato, Dexametasona e Clexane - com seis seringas - e custa R$ 407. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Conselho de Medicina do Distrito Federal e Conselho de Farmácia do DF ressaltam que não há eficácia comprovada para nenhum desses medicamentos contra a covid-19. Simulando interesse nos produtos, a reportagem entrou em contato com o vendedor e buscou informações sobre o negócio. 


Os fármacos são vendidos sem receita, embora a Anvisa tenha informado que todos esses remédios já estavam sujeitos a prescrição médica - mesmo antes da pandemia. O pagamento pode ser à vista ou em até seis vezes no cartão. Além disso, o serviço de delivery funciona em todo o DF, sem cobrar taxa. A reportagem foi até a drogaria Ultra Popular do Núcleo Bandeirante e, sem receita, comprou o “kit covid-19”. Sem qualquer orientação médica, o atendente explicou como administrar os fármacos, sem saber que estava sendo gravado.


Por telefone, a delegada Mariana Almeida, responsável pela 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), que fica em frente à farmácia, recomendou à reportagem que fosse registrada uma ocorrência virtual para apuração dos fatos. Segundo explicou, a legislação sobre o assunto demanda interpretação e não há consenso sobre a prática de vender remédio sem receita ser crime.



O presidente do Conselho de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Farid Buitrago, entende que a prática é, sim, um crime, já que há um órgão regulador que determina a apresentação e até retenção da receita médica. “Comprar medicamento sem prescrição é considerado um crime. Tanto a pessoa que está fazendo a prática quanto a farmácia que disponibiliza o medicamento que precisa da prescrição médica para ser dispensado estão cometendo um ato ilícito. Existem medicamentos que são regulados pela Vigilância Sanitária que só serão dispensados mediante apresentação de uma receita médica porque são medicamentos potencialmente danosos, a depender da dose e da pessoa que está utilizando”, disse ao Correio.



O Conselho de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF) esclarece que a prática configura uma infração ética e lembra que o profissional de farmácia tem legislações específicas a cumprir, especialmente diante do enfrentamento de uma pandemia. A presidente do conselho, Gilcilene Chaer, frisou que a prática está errada e que o profissional pode ser punido administrativamente. “É dever do farmacêutico seguir as legislações vigentes para o exercício da sua função e, sobretudo, orientar a população quanto ao uso indiscriminado de medicamentos para o tratamento da covid-19 e demais utilizações. Além disso, a sociedade necessita descontinuar a prática de uso de medicamentos por conta própria, no sentido de evitar complicações e manifestações contrárias ou indesejáveis tanto na covid-19, como nas demais patologias”, explicou.



O farmacêutico Rafael Nobre gravou com a equipe da Tv Brasília na manhã dessa sexta (7/8). Ele disse que é responsável pela farmácia e que o local não comete nenhuma irregularidade. Questionado se há venda de kit covid pelo Whatsapp, ele negou a denúncia.

 

 

Com informações do Correio Braziliense.       

 

 

 

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