De acordo com Rodrigo Pacheco, a Secretaria da Mesa colherá as informações necessárias sobre o ocorrido e as encaminhará à Policia Legislativa. O assessor do Planalto estava um pouco atrás de Pacheco enquanto este abria a sessão, e repetiu gestos com os dedos da mão direita. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) lamentou o ocorrido e disse que o Senado “não é lugar pra fazer gracinha ou pagar aposta com alguém”.
— Aliás, continuo perturbado pela presença do assessor
que fez esses gestinhos, aí atrás do Presidente do Senado. Não sei nem que
gesto importa tanto, se é um neofascista, se é uma ofensa depreciativa, o fato
é que aqui não é local, nem momento para fazer gracinha, pagar aposta para
ninguém. Não sei o que é isso aí, mas vai ser investigado.
Em sua conta no Twitter, Martins alegou que estava apenas
mexendo na lapela de seu paletó. O tweet foi encaminhado à Secretaria
Geral da Mesa pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) como mais um elemento para
apuração do episódio.
Ao comunicar aos senadores a decisão de apurar a conduta de
Martins, o presidente do Senado acrescentou que não fará pré-julgamentos e que
haverá respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e à presunção de
inocência.
"Deboche"
Durante a sessão, Randolfe apontou os gestos de Martins,
que tiveram repercussão nas redes sociais, e entendeu que o próprio presidente
do Senado estava sendo desrespeitado. Para ele, foi uma ofensa a Rodrigo
Pacheco e ao Plenário do Senado. Por meio de uma questão de ordem,
Randolfe pediu que Martins se explicasse ou que fosse conduzido pela Polícia
Legislativa para fora das dependências do Senado. O senador chegou a pedir a
suspensão da sessão. Os gestos foram classificados por Randolfe como
"obscenos" e de "deboche".
— Ele estava ironizando a fala do presidente da nossa Casa.
Isso é inaceitável e intolerável. Basta o desrespeito que esse governo está
tendo com mais de 300 mil mortos [na pandemia] — declarou o senador.
+Detalhes:
Com informações da Agência Senado.
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