A imunização continua hoje nos profissionais da saúde de
seis hospitais do estado, com direito a um “vacinômetro” em uma sala do
Hospital das Clinicas da USP (Universidade de São Paulo), onde Mônica foi a
primeira imunizada. A meta é vacinar 60 mil trabalhadores da área antes de
distribuir as doses para as prefeituras e iniciar a campanha pelo grupo
prioritário, que também inclui idosos, a partir do dia 25.
Mesmo com o dia histórico, a queda de braço entre o
governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, continuou (veja as frases ao lado). Desde ontem as doses requisitadas
da CoronaVac já estavam sendo transportadas ao depósito do Ministério da Saúde
no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O plano da pasta federal é distribuí-las
aos outros estados hoje, a partir das 7h. Em entrevista coletiva, Pazuello
confirmou que a vacinação nacional começa na quarta-feira, às 10h.
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, informou
que serão entregues 4,6 milhões de doses da CoronaVac ao governo federal. No
entanto, o estado de São Paulo ficará com 1,3 milhão de unidades que tem
direito conforme divisão proporcional feita pelo próprio Ministério da Saúde.
A disputa pelas doses da CoronaVac se intensificou porque o
governo federal não conseguiu importar da Índia as 2 milhões de doses da vacina
de Oxford/AstraZeneca a tempo de começar a imunização nacional. Pazuello disse
que o avião vai decolar rumo ao país asiático nesta semana. A ideia inicial era
receber a carga no último sábado, mas o governo indiano adiou a entrega.
Clima de Final
As cinco horas de reunião da diretoria colegiada da Anvisa
foi acompanhada por milhões de brasileiros, seja pela TV ou pela internet, com
apreensão de uma final de Copa do Mundo.
Relatora da decisão, a diretora Meiruze Freitas lembrou em
seu voto que não existe tratamento precoce para a covid-19. “Até o momento não
contamos com uma opção terapêutica aprovada para prevenir ou tratar a doença
causada pelo novo coronavírus […] precisamos de todas as medidas ao nosso
alcance para, no menor tempo possível, diminuir o impacto sobre as vidas do
nosso país”, afirmou.
A fala teve como alvo o governo federal, que estimulou por diversas vezes o uso de cloroquina e ivermectina, medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19. A expectativa era alta para a aprovação do uso emergencial dos imunizantes. Quando finalmente os cinco diretores votaram de forma unanime para a liberação das duas vacinas, o clima era de festa, com direito a aplausos e gritos nas janelas dos brasileiros.
De acordo com a área técnica da Anvisa, a autorização levou
em consideração “o cenário da pandemia”, “o aumento no número de casos” e “a
ausência de alternativas terapêuticas”.
Queda de Braço
Com informações do metro Jornal.
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