A defesa do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro escondido na cueca , disse nesta segunda-feira (19) que a reação do parlamentar foi "impensada" e tomada diante do que ele chamou de "terrorismo policial".
O senador era vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Casa
e deixou o posto. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão pela Polícia
Federal, em Boa Vista, em operação que apura desvios em verbas de combate à
Covid-19 na última quarta-feira (14).
De acordo com informação da Polícia Federal enviada ao Supremo, o parlamentar
escondeu R$ 33.150 na cueca. Desse total, R$ 15 mil em maços de dinheiro
estavam entre as nádegas. "Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de
terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua
conduta", disse a defesa, em nota.
A nota, assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Yasmin
Handar alega que o dinheiro encontrado com o senador tem origem particular
comprovada. Segundo eles, o recurso se destinava ao pagamento dos funcionários
de empresa da família do senador.
Chico Rodrigues (DEM-RR) foi afastado do cargo pelo ministro Luís Roberto
Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal) por 90 dias. Barroso enviou o caso
para deliberação do Senado, a quem cabe manter ou reverter a decisão.
No despacho, o ministro apontou a "gravidade
concreta" do caso, que, segundo ele, exige o afastamento do parlamentar
com o objetivo de evitar que Rodrigues use o cargo para dificultar as
investigações. O senador afirmou que a verdade "virá à tona" e fez
elogios ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
A proximidade de Rodrigues com o governo resultou, além de
prestígio e espaço nas principais comissões do Senado, em verba extra durante o
período da pandemia, além das emendas parlamentares a que já tem direito.
Com informações da Folhapress.
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