A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser a
mandante do assassinato do pastor Anderson do Carmo, publicou uma homenagem ao
marido na noite desta quinta-feira, 16 - um ano e três meses após o crime. No
texto, a parlamentar diz que "não consegue se acostumar" e que
"está muito difícil viver sem ele".
"Sei que preciso continuar e não deixar a felicidade
fugir de vez da minha vida, mas as saudades que sinto de você me deixam
paralisada. Você foi embora, meu amor, e levou também uma parte de mim [...]
Sempre te amarei, Nem", escreveu ao se referir ao pastor assassinado.
Na madrugada do dia 16 de junho de 2019, Anderson foi morto
com mais de 30 tiros na garagem da casa onde morava com a deputada e os filhos.
Horas depois do crime, Flordelis disse que se tratou de uma tentativa de
assalto.
Investigação
A parlamentar foi denunciada pelo Ministério Público do Rio
de Janeiro no mês passado como mandante do assassinato do marido. Dois filhos
dela - entres adotados e biológicos, são 55 - já estavam presos pelo crime. No
último dia 24, outros cinco, além de uma neta, também foram presos acusados de
participação no assassinato.
Polícia Civil e Promotoria acreditam os integrantes da
família tiveram participação seja ajudando a orquestrar o plano ou a dificultar
as investigações. Entre os acusados, só a pessoa apontada como a mandante da
ação segue em liberdade: a própria Flordelis, beneficiada pela imunidade
parlamentar. Ela alega inocência.
A investigação durou mais de um ano, e os responsáveis pelo
inquérito concluíram que a deputada "foi a autora intelectual, a grande
cabeça desse crime". A defesa nega o envolvimento da parlamentar e diz que
a investigação é "contraditória e espetaculosa".
O Estadão teve acesso a relatório final da Polícia Civil,
duas denúncias oferecidas pela Promotoria, além de depoimentos juntados aos
autos do processo. A história narrada nos documentos contraria o histórico de
boa pastora da deputada federal e sugere uma trama nada cristã, que envolve
disputa por dinheiro, interesses políticos e até suspeitas de abuso sexual.
No último dia 9, o corregedor da Câmara, deputado Paulo
Bengston (PTB-AM), entregou à deputada notificação sobre processo disciplinar
que pode levar à cassação do mandato dela. O prazo de cinco dias úteis para a
entrega terminou na quarta-feira, 16, mas poderia ser prorrogado a pedido de
Flordelis.
Com informações de O ESTADÃO.
Interaja mais:
https://www.facebook.com/manchetedecapa1/
Nenhum comentário:
Postar um comentário