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Presidente de sindicato esquece câmera ligada e admite esquema irregular de trabalho escravo em sisal

 

A reportagem foi ao ar no programa "Repórter Record Investigação" desta semana.  Durante a entrevista a Adriana Araújo, Wilson Andrade assegurou que o setor fornecia condições de trabalho adequadas. Ele afirmou que tudo estava dentro do padrão exigido pelas leis brasileiras. Mas após se despedir da jornalista, ele esqueceu de encerrar a chamada e ao conversar com o assessor desmentiu o próprio discurso.

 

No vídeo ele aparece falando que “a defesa está feita". "Ela [a jornalista Adriana Araújo] está querendo colocar [a culpa] na conta da indústria”, diz. “O esquema é completamente irregular. Não tem registro, o cara trabalha como autônomo. Chega na sua fazenda, tira o sisal. Metade é seu, metade é meu. Tá errado, ela tem razão (…) Agora, você tem que defender naquilo que pode, tá certo?”, diz o presidente do sindicato em seguida.

 

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), informa que o setor movimentou US$ 100 milhões por ano, cerca de R$ 543 milhões na cotação atual do dólar. A reportagem do “Repórter Record Investigação” denunciou as jornadas de trabalho exaustivas, lavradores que foram mutilados em equipamentos e crianças que precisam ajudar os pais nas plantações. Grande parte dessas pessoas não recebe nem um salário mínimo.

 

 

Com informações do Bahia Notícias.        

 

 

 

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