“Quando Bolsonaro tomou posse, o lulopetismo tinha deixado
o Brasil com mais da metade do povo ganhando R$ 413 por cabeça por mês. Um
número trágico. Ainda que por pressão do Congresso, levaram a renda para R$ 600
[valor da parcela do auxílio]. Então, se a pessoa ganhava R$ 413 e passa a
ganhar R$ 600, consegue comer um pouco melhor. É natural que a população
tenha esse espírito generoso de gratidão (…) O povo está no limite da
pobreza, da miséria. Mas não tem como projetar isso por muito tempo. O que bota
uma nação para frente é o trabalho decentemente remunerado. Precisamos debater
uma solução.”
“Tudo isso revela claramente os limites do que chamamos
de politica social compensatória. Isso está destruindo o Brasil. O que
sustenta o desenvolvimento é uma boa associação entre os interesses classe
trabalhadora – basicamente uma remuneração decente, não Bolsa disso ou Bolsa
daquilo – com os interesses do mundo da economia real. Senão a gente não vai a
lugar nenhum. É ‘voo de galinha’. A mesma experiência que tivemos com o
lulopetismo.”
Ciro Gomes falou também sobre as investigações envolvendo
um dos filhos do presidente, Flávio Bolsonaro, e o ex-assessor Fabrício Queiroz
no caso das “rachadinhas”. Ele acredita que houve algum tipo de acordo no
governo após a prisão de Queiroz para tentar acalmar os ânimos.
“Esse grande acordo
foi proposto por três ministros depois de visitarem o ministro do Supremo
Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A crise política estava esquentando.
Alexandre virou relator do inquérito das fake news, que estava alcançando
a família Bolsonaro, foi decretada a prisão de uma militância agressiva do Bolsonaro,
como aquela ‘picaretinha’ que nem vou dizer nome. E o Bolsonaro estava dobrando
a aposta. Lembra do ‘acabou, p****’ lá no cercadinho? O ápice do calor foi
quando o Queiroz foi preso. Foi uma bomba atômica! Ele opera toda a
roubalheira. Tem mais de R$ 80 mil sem explicação na conta da mulher do
Bolsonaro. A esposa anterior comprou 14 imóveis, seis dos quais com sacos de
dinheiro. A fonte são os inquéritos do Ministério Público do Rio de Janeiro,
qualquer pessoa pode acessar. Esquentou de um jeito que dali para frente ou era
golpe – e nós nos preparamos para isso – ou era um acordo.”
Com informações do Blog do Datena.
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