"O presidente Jair Bolsonaro confirmou hoje que
contraiu o novo coronavírus. Ele fez o anúncio para a TV estatal e outras duas
emissoras. Nenhum dos demais órgãos de imprensa foram convidados. Bolsonaro
disse que decidiu divulgar o resultado do teste feito ontem assim que ele saiu
e que recebeu a notícia com naturalidade", anunciou William Bonner na
abertura do noticiário.
Soou estranho o principal telejornal do país não dar os devidos créditos às
concorrentes, já que em situações anteriores, quando outras emissoras deram
furos de reportagem, o Jornal Nacional fez as devidas referências.
A omissão dos nomes das emissoras que deram a notícia em
primeira mão voltou a ocorrer em um texto da repórter Claudia Bomtempo. Ao
entrevistar o infectologista Jean Gorinchteyn, ela apenas disse que os
jornalistas que estiveram com Bolsonaro pela manhã ficaram expostos à doença.
"Hoje o presidente defendeu o cuidado com os mais velhos. Mas o próprio Bolsonaro, que tem 65 anos, tem feito reuniões e tem participado de cerimônias, quase sempre sem máscara, e cumprimentado pessoas com apertos de mão e abraços. Outros integrantes da equipe de governo também estão no grupo de risco, como o ministro da Economia Paulo Guedes, que tem 70 anos." Este infectologista afirmou que o presidente hoje, no próprio anúncio sobre o resultado do exame, desrespeitou as regras de distanciamento social e botou em risco as emissoras de TV que foram convocadas", disse a repórter.
Jantar Nacional
William Bonner e Renata Vasconcellos se revezaram na sequência
de "jantadas" que deram em Jair Bolsonaro ao citarem o
resultado positivo do teste do novo coronavírus. Com semblantes de
perplexidade, os âncoras deram ênfase às declarações e comportamentos
controversos adotados pelo presidente após afirmar que estava doente.
"No anúncio desta manhã o presidente voltou a criticar as medidas de isolamento, repetiu que houve um superdimensionamento e que as medidas deveriam ser voltadas apenas para idosos acima de 65 anos ou com doenças pré-existentes. O presidente tem 65 anos", disse Bonner, com olhar sério. Bolsonaro não apresentou nenhum dado para amparar a afirmação de que o número de óbitos tem aumentado por outras causas e não pelo vírus. Ele citou o aumento de casos de suicídio e de doentes que não procuram os médicos por medo de se contaminar. Mais uma vez minimizando a tragédia da pandemia, o presidente disse que o coronavírus é como uma chuva, que vai atingir alguns, e outros não", explanou Renata.
Com
informações do Notícias da TV.
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