Anderson Ribeiro Correia, reitor do Instituto Tecnológico
de Aeronáutica (ITA), está praticamente escolhido como ministro da Educação. O
nome dele pode ser confirmado ainda nesta terça-feira (30/06).
Carlos Alberto Decotelli, que ocupa a pasta, já entregou a
carta de demissão dele ao presidente Jair Bolsonaro. A permanência de Decotelli
na Educação ficou insustentável depois da descoberta uma série de fraudes no
currículo dele.
A nomeação de Anderson Correia já tem o aval de militares e
da ala ideológica do governo. Ele tem um perfil técnico, como se quer no
governo, e um currículo robusto. Por sinal, todas as informações sobre Correia
foram checadas para não se repetir a desmoralização de Decotelli.
Correia, graduado em engenharia, tem passagem pela Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), da qual foi presidente, e pelo Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Decottelli foi grande decepção
Decotelli teve a nomeação publicada no Diário Oficial da
União (DOU), mas ainda não havia tomado posse. A cerimônia de posse estava
marcada para esta terça-feira, mas acabou suspensa diante das denúncias em
série de fraudes no currículo do agora ex-ministro.
“Decotelli foi uma grande decepção”, diz um integrante do
Palácio do Planalto. “Apostamos todas as fichas nele, por reunir um perfil
técnico com bom trânsito em todas as alas do governo”, acrescenta. “Erramos
feio”, emenda, diante da decisão de Decotelli de pedir demissão.
Primeiro, Decotelli foi desmentido pela Universidade de
Rosário, da Argentina, de que teria feito doutorado lá. Depois, surgiram as
denúncias de plágio na sua tese de mestrado na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em seguida, descobriu-se que ele também não fez pós-doutorado na Universidade
de Wuppertal, na Alemanha.
A desmoralização final veio com nota da FGV de que ele não
havia sido professor da instituição. “Foi tudo uma mentira. Decotelli mentiu
para o presidente Bolsonaro, mentiu para todo mundo”, ressalta o mesmo
integrante do Planalto. Não havia, portanto, como ele permanecer à frente do
Ministério da Educação.
Com
informações do Correio Braziliense.
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