Na Semana do Meio Ambiente, a Empresa Paraibana de
Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Sedap,
anuncia estudos para a recuperação da cultura do umbu na Paraíba, o que vai
criar renda para famílias de produtores. Os custos das pesquisas vêm de um
convênio com o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), autorizado
pelo Governo do Estado.
Os trabalhos de diagnósticos tecnológico, socioeconômico e
ambiental do extrativismo do umbuzeiro na Paraíba serão conduzidos pela
pesquisadora Christiane Mendes Cassimiro Ramires, da Empaer, em uma ação que
tem o acompanhamento do diretor de Pesquisa Agropecuária, Manuel Duré.
Atividade é apoiada pelo secretário Efraim Morais, da Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca.
O presidente da Empaer e da Associação Brasileira das
Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Nivaldo
Magalhães, disse que a inovação desse projeto é um avanço tecnológico em
benefício de famílias residentes no semiárido, contribuindo para o
desenvolvimento econômico, a geração de novos postos de trabalho e de renda
para as famílias.
Segundo a pesquisadora, os estudos serão disponibilizados
para a comunidade técnico/científica, gestores públicos e privados e a
sociedade em geral sobre a real situação do umbuzeiro na caatinga
paraibana, região de ocorrência natural dessa espécie vegetal.
“Dessa forma,
vai ser possível desenvolver projetos técnico-sociais e ambientalmente
sustentáveis voltados para a produção e preservação da espécie no seu habitat
natural”, comentou Cristiane Ramires.
Outro benefício destacado é o de que o governo poderá
elaborar políticas agrícolas visando a definição da cadeia produtiva do
umbuzeiro na Paraíba. “O desenvolvimento dessas ações, de forma racional e
sustentável, certamente contribuirá na disponibilidade de mais emprego e,
consequentemente, no aumento da renda familiar”, destacou a pesquisadora.
As pesquisas vão acontecer em municípios do Cariri
Ocidental e no Seridó Oriental, aonde têm ocorrência natural de umbuzeiros e
consequente extrativismo, segundo o IBGE. “Será possível conhecer melhor a
realidade das comunidades nos aspectos socioeconômico e ambiental, levantar o
número de agricultores e famílias envolvidos nas coletas de umbu e a influência
do extrativismo no aumento da renda dos produtores”, disse.
A meta é apoiar a cadeia produtiva do umbuzeiro,
viabilizando o extrativismo de forma sustentável, gerando oportunidade de
emprego, renda e, principalmente, criando a consciência para a preservação dos
recursos naturais. Cristiane Ramires também destaca a importância do
associativismo na agricultura familiar e o agronegócio, conforme as
circunstâncias locais de cada microrregião.
Com
informações Secom-PB.
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