A eficácia de uma possível vacina contra a covid-19
– doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) –, em desenvolvimento
pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, será testada por dois mil
brasileiros nas próximas semanas. O procedimento foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária), em publicação na noite de terça-feira (2) no Diário
Oficial da União.
No Reino Unido, a possível vacina está sendo aplicada em 10
mil voluntários. Já no Brasil, os testes serão conduzidos em duas etapas,
sendo a primeira em São Paulo, com mil voluntários. Terão prioridade pessoas que estão na linha de frente do
combate à covid-19, como profissionais da saúde. Os recrutados não podem ter
contraído a doença anteriormente.
Os testes serão feitos no CRIE (Centro de Referência para
Imunobiológicos Especiais) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). “O
mais importante é realizar essa etapa do estudo agora, quando a curva
epidemiológica ainda é ascendente e os resultados poderão ser mais assertivos”,
afirma Lily Yin Weckx, coordenadora do centro.
O projeto foi financiado pela Fundação Lemann, que pagou
pela infraestrutura médica e de equipamentos necessários. “Inserir o Brasil no
panorama de vacinas contra a Covid-19 é um marco importante para nós,
brasileiros, e acredito que poderemos acelerar soluções que tragam bons
resultados e rápidos”, disse Denis Mizne, diretor-executivo da fundação.
Até o momento, 133 possíveis vacinas para a covid-19 passam
por testes em todo o mundo. Dez delas já estão sendo testadas em humanos. As
informações são da OMS (Organização Mundial da Saúde). A projeção mais otimista da medicina, porém, é que uma
vacina para a doença esteja disponível entre 12 e 18 meses. Isso já seria um
tempo recorde, considerando que a vacina da caxumba, a mais rápida já criada,
demorou quatro anos para ficar pronta.
Com
informações do Jornal Metro.
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