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Vereador perde pai e passa a defender isolamento: 'Não é apenas uma gripezinha'



O Vereador em Belém, capital do Pará, Sargento Silvano (PSD) era apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Mas passou a defender o isolamento social como a medida mais efetiva contra o coronavírus no país, depois de perder o pai para a doença. Agora, ele ataca o chefe do Executivo federal: “Bolsonaro mente”

Silvano defendia a abertura do comércio, mas cerca de dez pessoas da família dele foram infectadas pela doença, inclusive ele mesmo. O pai do vereador, de 65 anos, não resistiu e morreu depois de mais de 30 dias internado em uma unidade hospitalar.

“Passei 11 dias trancado em casa, na beira da morte. Comecei a definhar como ser humano. Quando Deus me levantou, fui cuidar das pessoas, da minha família. Comecei a ficar muito revoltado com o Bolsonaro, porque o que ele está pregando é mentira”, afirmou.

Diante da explicação do Ministério Público de que o Pará seria muito atingido, Silvano decidiu retroceder em seu discurso. “Eu e minha esposa pegamos logo de primeira. Depois adoeceram minha mãe, meu pai, cunhada, meus filhos, minha nora e meu irmão. Moramos em casas próximas e, mesmo usando máscaras e álcool em gel, fomos adoecendo”, explicou.

“Meu pai construiu um patrimônio e nem com a roupa que ele tinha ele foi pro túmulo. Foi enrolado num lençol hospitalar e ficou dentro de um saco no caixão”, relatou Silvano.

O vereador passou a atacar o presidente e a forma como o governo federal vem tratando a pandemia. Não é apenas uma gripezinhaOs seguidores do Bolsonaro estão cegos. Eles não conseguem ver além do que acreditam, como se tivessem na frente deles uma parede, eles não conseguem pensar na dimensão. Hoje são 16 mil pessoas que morreram, é praticamente uma cidade inteira. Será que estamos idolatrando um homem e esquecendo o amor pelo próximo?”, questionou.


Com informações do G1.
                                                                                


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