A escassez de máscaras na Rússia levou a enfermeira
Olga Ovinnikova a reutilizar uma que acabou deixando-a impossibilitada
de trabalhar, por ter causado queimaduras de segundo grau em seu rosto. Ela relatou à imprensa local ter recebido uma máscara de
tecido no dia 24 de abril, sem saber que aquele item já havia sido usado.
Após a profissional começar a sentir que sua face estava queimando, descobriu
que a máscara tinha sido desinfetada com uma solução química, possivelmente
alvejante. No dia seguinte, Olga voltou à unidade de saúde, na cidade
de Karabanovo, onde são tratados pacientes com coronavírus, mas dessa vez ela
foi na condição de paciente.
A jovem foi diagnosticada com uma "queimadura
química de segundo grau na face", necessitando ser levada ao centro de
queimaduras. No início deste mês, a enfermeira apresentou formalmente
uma queixa às autoridades, contando com o trabalho de Anastasia Burakova,
que é advogada de Direitos Humanos. De acordo com Olga, o hospital não tratou o
caso como algo danoso à saúde.
Por isso, ela pede que seja feita uma
auditoria e que medidas de emergência sejam tomadas para investigar o que lhe
aconteceu.
"Obrigada a todos que me apoiaram e me apoiam no
momento. Me sinto melhor, meu rosto está gradualmente voltando ao normal.
Graças aos médicos, eles estão fazendo um ótimo trabalho", disse Olga em
uma publicação no Instagram na última quinta-feira. "Eu realmente espero
que as agências policiais entendam e que os autores sejam punidos. Infelizmente,
tenho que ficar em casa, no momento em que todos os funcionários são
importantes e necessários".
No entanto, a polícia confirmou o oposto e encontrou
inúmeras violações após verificar as instalações médicas. Além disso, outros
dois médicos foram infectados pelo coronavírus devido à falta de EPIs. Uma
investigação está em andamento. A Rússia confirmou 221.344 casos de Covid-19, com 2.009
pessoas mortas pela doença,
Com
informações do Jornal Extra.
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