Um simples gesto em tomar um copo de leite foi o suficiente
para que o presidente Jair Bolsonaro fosse associado mais uma vez ao movimento
nazista por parte de seus opositores. Durante
sua live transmitida na noite desta quinta-feira (29), o chefe do Executivo
citou o Desafio do Leite, criado pela Associação Brasileira dos Produtores de
Leite (Abraleite), como forma de incentivar o consumo e ajudar os produtores e
a economia.
Entretanto, em matéria publicada pela revista Fórum, a
antropóloga Adriana Dias afirmou que “o leite é o tempo todo referência
neonazi”. Formada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Adriana
acusou Bolsonaro de fazer um “jogo de cena”.
– Tomar branco, se tornar
branco. Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio, mas é um jogo de cena,
como eles sempre fazem – afirmou a antropóloga.
Pesquisador do “bolsonarismo”, o também antropólogo David
Nemer reforçou as insinuações e chamou o presidente de extremista e tosco. Ele
ainda afirmou que o atual governo é motivado pelo ódio.
– Nacionalistas brancos fazem manifestações bebendo leite
para chamar a atenção para um traço genético conhecido por ser mais comum em
pessoas brancas do que em outros – a capacidade de digerir lactose quando
adultos. É uma tentativa racista para se embasar em ciência para diferenciar e
justificar a raça branca – argumentou Nemer.
Uma das idealizadores do Desafio do Leite, a deputada federal
Aline Sleutjes viu tal associação como algo inacreditável.
– Eu, Geraldo da Abraleite e Reinaldo de Boer desafiamos o
presidente Jair Bolsonaro para o Desafio do Leite: tomar um copo de leite para
incentivar o consumo, ajudar os produtores e a economia. Alguns “doutores
doentes” dizem que foi um gesto nazista. Morro e não vejo tudo, covardes! –
comentou Aline.
O deputado federal e filho do presidente, Eduardo
Bolsonaro, também se posicionou por suas redes sociais e criticou as
declarações dos antropólogos.
Com
informações do Pleno.News.
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