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Estudo da UFPB associa aumento de mortes por COVID-19 ao período eleitoral do 1º turno

 


O novo estudo do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional (Labimec) da Universidade Federal da Paraíba concluiu que 273 vítimas fatais da covid-19 foram contaminadas durante o período eleitoral do primeiro turno e outras duas foram contaminadas no dia da votação do 1º turno das eleições no estado, realizada no dia 15 de novembro. Os dados foram divulgados neste sábado (5).


Os pesquisadores, no entanto, destacam que, em relação à quantidade de pessoas contaminadas durante o período eleitoral não significa que elas foram necessariamente contaminadas em decorrência de atividades de campanha, apenas, e exclusivamente, que elas se contaminaram entre os dias 27 de setembro e 15 de novembro. Apesar dessa consideração, é importante divulgar esta informação para exercícios futuros de comparação.


O estudo levou em conta a subseção “Transmissão pré-sintomática” do “relatório 76 – Covid-19” da OMS, em que é descrito que os primeiros sintomas aparecem 5 dias (em média) após a contaminação. A nova metodologia considera a data do óbito e não a da notificação como comumente é usado nos boletins epidemiológicos. Neste recorte, os dias com maior quantidade de contaminação dos paciente que foram a óbito foram nos dias 05 de maio e 05 de junho. Em ambas as datas estima-se que 49 vítimas foram contaminadas.

 

Platô

 

Segundo a Labimec, ao acompanhar os óbitos divulgados por dia, pode-se causar a impressão de que há uma aumento, quando, na verdade, os óbitos reportados não necessariamente ocorreram no dia de sua divulgação. Assim apesar dos dados negativos no período eleitoral, o estudo concluiu que ainda não há tendência definida de crescimento dos óbitos.


A conclusão do Labimec é que não há crescimento observável dos óbitos, o platô ainda persiste. “Salientar que, conforme apresentado na quarta-feira, há uma tendência de crescimento das hospitalizações que pode resultar em um crescimento futuro de óbitos”, reforça o estudo.

 

Perfil

 

Segundo a Labimec, até a data avaliada, os homens ainda lideram o número de óbitos na Paraíba: 1.808 (55,4%) homens e 1.457 (44,6%) mulheres foram vítimas do vírus. A maioria eram idosos adultos. Eles representam 2.408 do total computado, seguidos dos adultos, que chegaram a 836 mortos. Também foram registradas as mortes pela covid de dois recém-nascidos, 15 bebês e 14 crianças.


Em relação ao local do óbito, 88,51% morreram em hospitais públicos, 9,65% em privados e 0,03% no transporte. O Labimec também apurou que 2.890 morreram em hospital público e 315 em hospital privado.


Das pessoas que morreram pela covid, 74,3% das vítimas tinham alguma cormobidade, sendo dentre elas a mais comum os diabéticos (33,2%), hipertensos (32,9%) e cardíacos (24,1%). Outras 14,1% das vítimas não tinham cormobidade e em 11,5% não foi informado a presença de cormobidade.

 

Preocupação

 

Neste sábado, os secretários de Saúde de João Pessoa e do governo do Estado apresentaram um cenário preocupante em relação às festas de fim de ano, por causa do avanço da Covid-19. A entrevista coletiva foi concedida neste sábado (5), o mesmo dia em que o prefeito Luciano Cartaxo (PV) editou novo decreto tornando mais restritiva a realização de festas no fim do ano.


Durante as exposições, os secretário de Saúde da capital, Adalberto Fulgêncio, do secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, e do secretário executivo de Saúde, Daniel Beltrami alertaram, também, para os riscos de contaminações das famílias. Eles lembraram que durante as festas, as pessoas devem se reunir, prioritariamente, com quem mora na mesma casa. A sugestão é que se evite o contato com o núcleo familiar mais distante.


A Paraíba registrou novos 709 casos de Covid-19 neste sábado (5). De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), além dos novos casos, mais 7 mortes por coronavírus foram registradas. Agora, a Paraíba contabiliza 148.712 casos de Covid-19 e 3.345 mortes em decorrência da doença.

 

 

 

Com informações do Jornal da Paraíba.        

 

 

 

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