O último ato sexual, que remonta ao dia 10 de outubro do
ano passado, foi filmado pela mulher, que apresentou as imagens à polícia.
Procurado pela reportagem, o Ministério Público de Santa Catarina não se
pronunciou justificando que as denúncias de crime sexual correm em sigilo. A
Polícia Civil também não se manifestou.
De acordo com o boletim de ocorrência, a primeira investida
do prefeito teria ocorrido em 2017, enquanto a mulher, que trabalhava na
Secretaria Municipal de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico,
arrumava a sala de reuniões. O prefeito “segurou firme com uma das mãos um dos
braços da comunicante e com a outra tentou tocar as partes íntimas por baixo da
roupa da comunicante, a qual imediatamente o empurrou e saiu da sala”, diz o relato.
A vítima afirmou aos investigadores que ficou “envergonhada com a situação e
não contou para ninguém”.
O segundo ataque teria ocorrido entre final de 2017 e
início de 2018. Loureiro “trancou a porta do gabinete”, “passou a abraçá-la e
baixou a calça e calcinha” da vítima, que “em choque não conseguiu reagir”. “Na
sequência, Gean empurrou a comunicante contra uma mesa e passou a praticar
conjunção carnal, que durou poucos minutos”, diz o relato. Em seguida, o
prefeito teria se vestido e deixado a sala.
A mulher conta que a partir daquele momento começou a ter
crises de ansiedade e procurou atendimento psiquiátrico e psicológico. Aos
policiais, ela disse que não denunciou a agressão “pois tinha medo do poder do
prefeito e vergonha da situação”.
Em outubro de 2019, a servidora, temendo sofrer uma nova
violência, colocou o celular para filmar no gabinete do superintendente de
Turismo. Após trancar a porta, Gean começou a se despir, baixou a calça da
mulher, “a empurrou em cima de um sofá e passou a praticar conjunção carnal,
que durou poucos minutos”. “Na sequência, ele se vestiu, sem falar nada e saiu
da sala”, segundo o boletim de ocorrência.
A mulher contou à polícia que relatou os fatos ao marido e
que “em hipótese alguma consentiu a prática de tais atos”, mas que não
denunciou antes por medo do poder do prefeito, “pois o autor é muito poderoso
na cidade”, diz o boletim.
A defesa do prefeito
Em vídeo divulgado nesta madrugada nas redes sociais, o
prefeito desabafou. "Hoje, eu e minha família fomos surpreendidos de forma
rasteira e violenta, por uma avalanche de mentiras. Fui acusado de algo que
abomino com todas as minhas forças. Nunca, em toda a minha vida, eu cometi um
ato de violência contra quem quer que seja", afirmou Loureiro.
Ele admitiu que no passado teve um relacionamento
extraconjugal, mas que "é algo que não me orgulho e que assumo todas as
consequências. É um assunto doloroso que eu e minha esposa já havíamos tratado
dentro das quatro paredes da nossa casa, lugar de onde esse assunto doloroso que
eu e minha esposa já havíamos tratado dentro das quatro paredes da nossa casa,
lugar de onde esse assunto jamais deveria ter saído. Pedi perdão para minha
família pela dor que causei. Sei o que fiz e me arrependo, mas também sei o que
não fiz", disse o político.
Segundo Loureiro, a acusação é uma tentativa desesperada de
armação eleitoral. "Agora, a poucos dias da eleição, estão tentando
transformar em crime um ato consensual entre dois adultos que aconteceu lá em
2019. Isso mostra que não há limites para a baixeza e do jogo sujo da política.
Fui alvo de uma armação covarde, com uso de uma câmera escondida de propósito,
expondo imagens da minha intimidade de forma desumana nas redes sociais”.
Por fim, ele pediu perdão à sua família e aos amigos pelo
sofrimento causado. “Cabe à Justiça apurar com rigor máximo para que a verdade
prevaleça”, finalizou o prefeito. A reportagem tentou contato com Loureiro e
com a servidora, mas não obteve resposta até a publicação.
Com informações da Gazeta do Povo.
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