O polêmico tratamento para Covid-19 sugerido pelo prefeito de Itajaí-SC com aplicação de ozônio pelo ânus é objeto de estudo na medicina há anos. A ozonioterapia é considerada uma forma alternativa para desinfetar e tratar feridas, problemas respiratórios e até HIV e cânceres, mas não tem comprovação científica.
A técnica mencionada por Volnei Morastoni (MDB) como
tratamento para Covid-19 é conhecida como insuflação – uma terapia de risco
onde o ozônio é soprado no reto do paciente por um cateter.
“Não vejo justificativa nem no uso da ozonioterapia para
Covid-19 e, por vias retais, não vejo explicação alguma. Já vi várias coisas,
mas não consegui achar utilidade. Onde será absorção, vai agir onde, como, qual
a vantagem, qual o mecanismo que funciona? Faço medicina com a cabeça aberta,
acho até que cabe um estudo clínico sobre essa técnica, mas por vias
respiratórias”, afirma Elie Fiss, pneumologista do Laboratório Exame.
A falta de comprovação científica nesse tipo de técnica, sobretudo em relação ao novo coronavírus, também é criticada pelo professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Martins.
“Estamos vendo aparecer uma série de soluções mágicas para prevenir e tratar a
Covid-19. Isso é extremamente perigoso. Seja porque remédios e tratamentos
administrados sem comprovação científica podem causar efeitos adversos nas
pessoas, seja porque dão uma falsa sensação de segurança, o que pode induzir a
comportamentos que favorecem a disseminação do vírus”, afirma.
Com informações do Metrópoles.
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