“Estamos estudando isso. O presidente estava nos instruindo
hoje exatamente para lançar essa camada de preservação para a frente.
Evidentemente, não há recursos para pagar os R$ 600, mas o presidente está
dizendo vamos tentar fazer o máximo possível dentro dos recursos que temos para
ir esticando isso”, disse Guedes, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto
que marcou a assinatura de medidas provisórias para facilitar o acesso ao
crédito por parte de micro e pequenos empresários.
No mesmo evento, o presidente Jair Bolsonaro também afirmou
que o governo quer prorrogar o benefício e que, para isso, deve sugerir
parcelas abaixo de R$ 600. “R$ 600 é muito. Alguém da economia falou em R$ 200.
Eu acho que é pouco, mas dá para chegar em um meio tempo e nós buscarmos que
seja prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano, de modo que
consigamos sair dessa situação”, disse.
Mais dinheiro
Durante o seu discurso, Guedes se mostrou otimista para a
possibilidade de o Brasil ter uma “injeção” de recursos para aliviar os
estragos financeiros causados pela pandemia do novo coronavírus. Segundo ele,
isso será possível por conta dos programas lançados pelo governo federal para
enfrentar a crise sanitária — como os de preservação de renda e de empregos e
os de concessão de créditos para empresas de pequeno, médio e grande porte —, e
devido ao desempenho de alguns setores produtivos, dentre eles a construção
civil.
“Com a construção civil expandindo e gerando empregos de um
lado, com as exportações firmes do outro lado e com os programas de crédito que
fomos aperfeiçoando, o Brasil está voltando em V. Todos os indicadores mostram
que a queda foi súbita, mas o Brasil está voltando em V. Um V da Nike, um V que
a volta é mais lenta do que a queda, mas que é segura”, detalhou o ministro.
“O dinheiro está, finalmente, chegando à ponta.
Distribuímos recursos para estados e municípios. Para a saúde, direto na veia.
O auxílio emergencial para 64 milhões de brasileiros. Então, vamos ter um fim
de ano onde estarão entrando, também, recursos do FGTS. São mais de R$ 30
bilhões. Também vem aí entre R$ 200 bilhões e R$ 300 bilhões de créditos
alavancados nesses próximos três, quatro meses até o fim do ano”, acrescentou.
Guedes disse, ainda, que o Brasil é o país emergente que
mais expandiu créditos da mesma forma que auxiliou desassistidos e protegeu os
vulneráveis. “Gastamos 10% do PIB para proteger vulneráveis. Expandimos o
potencial de crédito em R$ 1 trilhão, e tudo isso está empurrando a economia
nesse final de ano. Nós esperamos, então, ir aprofundando as reformas, de forma
que o Brasil, já olhando para o ano seguinte, já esteja de volta ao trilho do
crescimento sustentável que é onde nós estávamos antes.”
De acordo com Guedes, os indicadores de arrecadação, vendas
e consumo de energia elétrica, por exemplo, têm crescido mensalmente, o que
anima o governo. “A economia está voltando. Desde o início da crise, o presidente
nos pediu que nenhum brasileiro ficasse para trás e que nós trabalhássemos para
salvar vidas e preservar empregos. A serenidade e a resiliência têm compensado
o nosso trabalho e estamos furando as duas ondas (de estragos): da saúde e da
economia”, destacou.
Com informações do Correio Braziliense.
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