Temer, que é filho de imigrantes libaneses, disse ter se
sentido honrado pela indicação. “Quando o secretário de Assuntos Estratégicos,
almirante Flávio Rocha, me telefonou, transmitindo uma consulta que o senhor
fazia sobre a possibilidade de eu chefiar uma missão humanitária de ajuda ao
Líbano, eu logo disse a ele que estava agradavelmente surpreendido, mas
extremamente emocionado com o convite, que desde logo aceitei”, disse o
ex-presidente.
A comitiva, liderada pelo ex-presidente, bem com o cargueiro com mantimentos, decolam da base aérea de São Paulo nesta quarta-feira (12/8) e chegam ao Líbano na tarde de quinta, com paradas em Fortaleza (CE) e Valença (Espanha). Em seu discurso, Temer afirmou que a indicação de ex-presidentes para missões diplomáticas e humanitárias é prática comum nos Estados Unidos e agradeceu o gesto de Bolsonaro.
“Eu quero dar mais uma palavra a respeito do ato, digamos
assim, extremamente civilizado que o senhor pratica. Vossa excelência bem sabe
que nos Estados Unidos não é incomum que o presidente da república designe
ex-presidentes para essas missões humanitárias e até mesmo diplomáticas. Então,
vossa excelência, com esse gesto também dá um exemplo para o Brasil, mas para
todas as nações do mundo”, disse Temer
Aproximação
Bolsonaro foi um dos deputados que votou a favor da
abertura do processo de impeachment contra o então presidente Michel Temer.
“Com a coerência de sempre, pelo fim da corrupção, o meu
voto é não pelo prosseguimento das investigações” disse à época. Na realidade,
o voto “não” representava a negativa do arquivamento da denúncia, de modo que o
então deputado votou contra Temer no processo.
Superado o episódio, Temer passou a ser conselheiro de Bolsonaro, como revelou o Metrópoles.
Uma das orientações, a de parar de dar entrevistas no cercadinho do Palácio da
Alvorada, está sendo seguida à risca pelo atual chefe do Executivo, que parou
de falar com a imprensa na porta da residência oficial.
Na cerimônia desta quarta, Bolsonaro fez afagos em Temer.
“Senhor presidente Michel Temer, muito obrigado por ter aceitado representar o
Brasil nessa missão humanitária. Quando o Almirante Rocha se dirigiu para
telefonar ao presidente Temer, eu já tinha certeza, pelo seu passado, que eu
muito bem acompanhei enquanto parlamentar, que ele aceitaria de pronto essa
missão”.
Com informações do Metrópoles.
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