Em vídeo de 15 minutos postado no Instagram, uma professora
de português de Guarabira é atacada por disseminar a “ideologia de gênero”
durante a sua aula. Os ataques à Meilene, que atua na Escola Objetivo,
somaram-se aos comentários infundados dos seguidores da página. Na aula,
Meilene ensina sobre a classe dos substantivos e discute brevemente sobre as
noções de gênero.
Para o responsável da página, a professora, no entanto, ensinou o que a direita
brasileira nomeou de “ideologia de gênero”, um fantasma conceitual que
contribuiu para a eleição de Bolsonaro, em 2018. Um exemplo disso foi a fake
news da “mamadeira de piroca”, criada por Bolsonaro e vendida como verdade aos
brasileiros.
No decorrer do vídeo, a professora Meilene é acusada de promover a suposta
“ideologia” para seus alunos, ao ensinar que meninas podem (sim, podem) usar
azul e meninos podem (também) usar rosa. Segundo a leitura equivocada do vídeo, a professora Meilene não ensina sobre substantivo.
Na verdade, a professora não só ensina como contextualiza a aula, se adequando
as competências do Enem, que exige não apenas uma série de regras gramaticais,
mas também adequá-las ao cotidiano.
Outra discussão feita na aula foi sobre o salário ganho por homens e mulheres.
A professora mostrou que homens ganham valores bem maiores do que mulheres,
mesmo atuando na mesma profissão. A visão de Meilene não é uma opinião, mas um
fato.
Na página, vários estudantes da escola se posicionaram a favor de Meilene, com
mensagem de apoiando e negando o óbvio, que não houve desrespeito em sala: “sou
estudante da escola objetivo e em nenhuma das aulas que tive a professora fez
algo que em nenhum nível desrespeitou”, pontuou a estudante, afirmando ainda
que é evangélica e não concorda com o fantasma de ideologia: “Sou também
evangélica e não concordo com a ideologia, mas não é por conta de uma aula que
iria começar a acreditar ou nada do tipo”, disse.
Em nota, a escola disse que tomou conhecimento do ocorrido e que “o trecho da
aula foi divulgado sem autorização prévia da professora”, que além disso a
escola “sempre prezou pela interação família e escola na construção do
aprendizado”. A nota finaliza dizendo que a instituição “está tomando as
medidas legais necessárias” sobre a utilização do vídeo de forma indevida.
+Detalhes: Estudo dos gêneros de substantivos:
https://www.todamateria.com.br/flexoes-de-genero-do-substantivo/#:~:text=As%20Flex%C3%B5es%20de%20G%C3%AAnero%20do,o%20artigo%20o%20ou%20um.&text=Pertencem%20ao%20g%C3%AAnero%20feminino%20todos,o%20artigo%20a%20ou%20uma.
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/o-genero-dos-substantivos.htm
https://www.normaculta.com.br/genero-do-substantivo/
Com informações do Outra Fonte.
Interaja mais:
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