Aprovado pela Anvisa nas últimas semanas, o teste Access
SARS-CoV-2 IgG, da Beckman Coulter, empresa de equipamentos e soluções para
laboratórios, é mais um exame sorológico de COVID-19, ou seja, ele identifica
anticorpos gerados pelo corpo contra a doença por meio de uma amostra sanguínea
do paciente.
Ao contrário de outros testes, porém, este identifica
anticorpos mais específicos: os produzidos pelo organismo para combater uma
proteína característica do novo coronavírus. É esta proteína, inclusive, que
tem sido usada como base para a pesquisa e criação de vacinas contra a
COVID-19, que teriam o objetivo de neutralizá-la.
Isso significa, segundo a empresa, que o exame não
apresenta reação cruzada, ou seja, não corre o risco de dar “falso positivo”
para COVID-19 pela presença de anticorpos para outras doenças, como H1N1.
Além disso, o fato de ele processar apenas a imunoglobulina
G (IgG) - anticorpo mais específico e que permanece mais tempo no organismo -
também diminui as chances de falsos negativos (algo ainda mais perigoso que o
falso positivo, já que faz com que o paciente não tome as devidas precauções
para barrar a transmissão).
A sensibilidade do novo exame também é maior. Testes
sorológicos geralmente são indicados apenas a partir do oitavo dia desde o
início dos sintomas porque tendem a não identificar a doença no organismo se o
indivíduo tiver acabado de contrair o vírus – mas, de acordo com testes
realizados com o Access, ele é mais capaz que outros de identificar os
anticorpos mesmo dentro do intervalo de zero a seis dias desde os primeiros
sintomas.
Anteriormente, este teste já estava sendo enviado a
clínicas e laboratórios nos Estados Unidos, e agora a entrega foi ampliada para
países de todo o mundo, incluindo a América Latina. A previsão da empresa, que
ampliou a produção dos exames, é a de fornecer 30 milhões de testes por mês.
+Detalhes: http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus/noticias
Com
informações da Vix.
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