O estudo em questão foi elaborado por pesquisadores da
King’s College, em Londres (Inglaterra), e compilou dados de um app chamado
“COVID Symptom Study”, que vem coletando informações de pacientes com a doença
submetidas por eles mesmos desde o início da pandemia. Com base neles, foi
possível analisar quais sintomas geralmente apareciam juntos, com qual
frequência e em quais perfis de pacientes.
Assim, foram definidos os seguintes conjuntos de sintomas,
cada um com alguns sinais proeminentes e partindo do que tem menores chances de
se desenvolver de forma grave até o que mais apresenta esta probabilidade:
1- “Parecido com gripe” e sem febre: dor de cabeça, perda do
olfato, dores musculares, tosse, dor de garganta, dor no peito, ausência de
febre;
2- “Parecido com gripe” e com febre: dor de cabeça, perda de
olfato, tosse, dor de garganta, rouquidão, febre e perda de apetite;
3- Gastrointestinal: dor de cabeça, perda de olfato, perda de
apetite, diarreia, dor de garganta, dor no peito, ausência de tosse;
4- Gravidade nível 1, fadiga: dor de cabeça, perda de olfato,
tosse, febre, rouquidão, dor no peito, fadiga;
5- Gravidade nível 2, confusão mental: dor de cabeça, perda de
olfato, perda de apetite, tosse, febre, rouquidão, dor de garganta, dor no
peito, fadiga, confusão e dores musculares;
6- Gravidade nível 3, abdominal e respiratória: dor de cabeça,
perda de olfato, perda de apetite, tosse, febre, rouquidão, dor de garganta,
dor no peito, fadiga, confusão, dores musculares, falta de ar, diarreia, dores
abdominais.
Além disso, segundo a nota sobre o estudo publicada pelos pesquisadores responsáveis
por ele no site da universidade, também foi investigada a propensão de cada um
dos grupos a precisar de ventilação mecânica ou suplementação de oxigênio. Com
isso, foi identificado que 1,5% do tipo 1; 4,4% do tipo 2; 3,3 % do tipo 3;
8,6% do tipo 4; 9,9% do tipo 5; e 19,8% do tipo seis apresentaram esta
necessidade.
Segundo o estudo, pessoas que apresentaram os tipos 4, 5 e
6 da doença eram, em comparação aos pacientes dos tipos 1, 2 e 3, mais velhas e
frágeis, com mais propensão a sobrepeso e condições de saúde pré-existentes,
como diabetes e câncer de pulmão. Quase todos os pacientes do grupo 6
precisaram ser internados em hospitais, enquanto no grupo 1, apenas 16% das
pessoas necessitaram deste tipo de cuidado.
Estas descobertas, de acordo com os responsáveis pela
análise do levantamento, são um importante guia para a área médica. Conforme
explica a pesquisadora Claire Steve, ao “prever” o possível desenvolvimento dos
casos, é possível iniciar cedo alguns cuidados básicos como monitorar a
oxigenação do sangue, os níveis de açúcar e a hidratação do paciente – todas
precauções que podem ser tomadas em casa.
Para Tim Spector, professor da universidade e um dos
autores do estudo, é importante que os usuários do aplicativo sigam fornecendo
informações. “Dados são nossa ferramenta mais poderosa na luta contra a
COVID-19. Pedimos que todos desenvolvam o hábito de usar o app diariamente para
submeter [dados sobre] a saúde nos próximos meses, nos ajudando a antecipar
focos [da doença] ou uma segunda onda” conclui.
+Detalhes:
https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.06.12.20129056v1.full.pdf
Com informações da Vix.
Interaja mais:
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