Realizado por pesquisadores da Universidade de Middlesex,
no Reino Unido, e do Instituto de Pesquisas em Ciências Matemáticas, nos
Estados Unidos, e publicado ainda de forma preliminar (algo chamado de
“preprint”, que serve para divulgar mais rapidamente os resultados de uma
pesquisa), o estudo
em questão consultou 2.459 pessoas de forma online sobre a intenção
que elas têm de usar máscaras faciais.
Além de testar a efetividade de diferentes mensagens que
enfatizam a necessidade de se proteger contra o coronavírus, eles também
observaram as diferenças entre gêneros – e descobriram que homens, além de ter
menos intenção de usar máscaras do que as mulheres, associam mais sentimentos
negativos ao ato, como constrangimento e a crença de que aquilo é um sinal de
fraqueza.
Esta tendência, segundo os pesquisadores, está diretamente
relacionada a como as pessoas acreditam que reagiriam ao vírus, e a maioria dos
homens da amostra avaliada pelo estudo crê que não desenvolveria um quadro
grave caso contraíssem o novo coronavírus. Isso, porém, desafia estatísticas:
conforme expõe o estudo, homens são mais gravemente afetados pela COVID-19 do
que as mulheres.
A diferença entre os gêneros, no entanto, é maior nos locais
em que o uso de máscara não é obrigatório. Já nos locais onde foi instituído o
uso mandatório das máscaras faciais de proteção, a intenção de uso é menos
discrepante – algo que indica, segundo os estudiosos, que estabelecer uma norma
concreta para o uso de máscaras pode ocasionar, entre outros fatores, um
“desprezo” menor ao item por parte dos homens.
Citando outros estudos prévios, a pesquisa afirma ainda que
isso se repetiu durante as pandemias da Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SARS) em 2002 e da Gripe Suína (H1N1) em 2009. A importância de levantar estas
questões, para os cientistas responsáveis pelo estudo, está no fato de que elas
facilitam a criação de medidas direcionadas a quem tem menos intenção de usar
as máscaras (ou seja, homens).
Com
informações da Vix.
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