O imóvel em Bento Ribeiro foi usado como um dos comitês de
campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro na Zona Norte do Rio. À época
da disputa eleitoral, Bolsonaro
chegou a visitar o imóvel durante uma agenda pública. Na ocasião, ele
ainda cortou os cabelos em um salão próximo à casa. Enquanto a equipe do MP estava dentro da casa, era possível
ouvir barulhos de marretadas nas paredes, sugerindo que os agentes quebravam a
alvenaria enquanto realizavam as buscas.
A ação de busca e apreensão no imóvel durou cerca de uma
hora. Os agentes saíram carregando duas sacolas, mas sem dar detalhes do que
foi apreendido. Morava na casa Alessandra Esteves Marins, que é ligada ao
gabinete do senador Flávio Bolsonaro. Ela faz parte da equipe de apoio no Rio a
que o parlamentar tem direito. Vizinhos contaram que ela se mudou do imóvel há
cerca de um mês.
Uma vizinha chegou a telefonar para Alessandra quando os
agentes chegaram para cumprir o mandado, mas ela não atendeu a ligação. Há uma
placa de "Vende-se" na porta do imóvel. Os vizinhos não souberam
dizer se a casa é vendida por Alessandra, ou pelo presidente Bolsonaro, que
declarou ser o proprietário na relação de bens enviada ao Tribunal Superior
Eleitoral.
De acordo com o Ministério Público, o mandado na casa de
Bento Ribeiro é cumprido contra Alessandra, que também já foi servidora da
Alerj. Também são alvo da operação a ex-servidora da Alerj Luiza Paes Sousa. Os
agentes foram até a casa dela em Oswaldo Cruz, também na Zona Norte do Rio. Os outros alvos da operação são Matheus Azeredo Coutinho,
que ainda é funcionário da Casa Legislativa, e o advogado Luis Gustavo Botto
Maia.
De acordo com o Ministério Público, além da busca e
apreensão, a Justiça autorizou a aplicação de medidas cautelares contra os
investigados, dentre elas o afastamento da função pública, obrigatoriedade de
se apresentar à Justiça mensalmente e proibição de fazer contato com
testemunhas.
Com
informações do G1.
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