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É importante saber quem e quando testar, e até que ponto os testes de COVID-19 são confiáveis


Não há como escapar: você invariavelmente ouviu falar nos últimos dias sobre os “testes rápidos” para Covid-19. Os kits estão chegando aos poucos ao Brasil, e em breve será possível utilizá-los para testar possíveis contaminados em farmácias, sem precisar que o paciente se desloque a uma unidade de saúde para isso.

Mas afinal de contas, qual é a diferença entre um teste rápido e um teste “demorado”? Como eles funcionam, e quais são seus pontos fortes e fracos?



Começando pelos testes rápidos, que tendem a começar a fazer parte da vida das pessoas de uma forma mais presente ao longo das próximas semanas de pandemia. Eles são capazes de gerar um diagnóstico em questão de minutos, mas especialistas têm alertado para a baixa confiabilidade dos resultados, que podem abrir margem para falsos-positivos e, mais preocupante, falsos-negativos.





Como descreve a Anvisa, o termo “teste rápido” tem sido usado para designar os testes imunocromatográficos. Para gerar um diagnóstico, esse tipo de análise leva em consideração uma amostra sanguínea de um paciente e o que ele procura no organismo não é o coronavírus, mas sim a resposta imunológica ao micróbio.

O teste visa encontrar os anticorpos produzidos como uma resposta à infecção, que são chamados de IgM e IgG. Quando eles são detectados, é sinal de que o paciente foi contaminado e de que seu corpo já começou a responder, ou de que ele esteve infectado, mas já se curou.




No entanto, esse teste só é recomendado após alguns dias de sintomas; mais especificamente, cerca de 10 dias. Isso porque o organismo demora para começar a criar os anticorpos para combater o vírus. Esse atraso na resposta imunológica pode fazer com que uma pessoa infectada tenha um resultado negativo no teste, apenas pelo motivo de seu corpo ainda não ter começado a reagir contra a doença.

Testes mais precisos

Em contraponto aos testes rápidos, existem os de maior precisão, chamados de RT-PCR. A sigla em inglês significa “transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase”, fazendo referência a um processo consideravelmente mais demorado, mas também mais confiável. É considerado o “padrão-ouro” na testagem de pacientes por Covid-19.

Neste caso, a coleta de amostra não tem a ver com o sangue, mas sim com a utilização do “swab”, que nada mais é que um cotonete maior do que o comum. Ele é inserido profundamente na narina até encontrar a nasofaringe, de onde é possível coletar a amostra necessária.

O RT-PCR, ao contrário do teste rápido, visa detectar a presença do vírus no organismo, tornando o resultado mais confiável. A partir da amostra coletada, o laboratório isola apenas o RNA presente, seja ele da pessoa, seja ele do vírus. Na sequência, esse material é usado para criar uma cadeia complementar de DNA, e o teste visa amplificar para que sejam criadas milhares de cópias desse material. A partir dessas réplicas, é possível detectar o código genético do vírus na amostra com clareza, atestando sua presença no corpo.

Esse processo pode levar alguns dias, o que explica a demora nos resultados desta forma, mas eles tendem a apresentar resultados mais conclusivos. No entanto, o RT-PCR conta com um ponto fraco. Como ele detecta a presença do vírus no organismo, ele não é eficaz para revelar se uma pessoa já foi curada da Covid-19. Assim, ele não pode ser usado para detecção posterior da doença. Para isso, é necessário procurar pelos anticorpos, detectados apenas na análise sorológica.

+Detalhes: O que é preciso saber sobre os testes de covid-19? https://www.dw.com/pt-br/o-que-%C3%A9-preciso-saber-sobre-os-testes-de-covid-19/a-53297542



Com informações do Olhar Digital.
                                                                                


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