Principal nome do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, 62, diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prepara uma milícia armada para se manter no poder e que o ex-presidente Lula (PT) só se movimenta se ele próprio for a estrela central.
Em entrevista à reportagem, o ex-presidenciável defende o
impeachment de Bolsonaro e afirma que "a parte jurídica está dada, mas a
política ainda não". Ele faz coro com seu partido ao desestimular
protestos de rua agora, durante a pandemia. "Mas a hora chegará."
Ciro está lançando o livro "Projeto Nacional: O Dever
da Esperança" (ed. LeYa Brasil), no qual expõe e
analisa algumas das propostas que levou ao eleitorado em 2018. Ele ficou em
terceiro lugar, com 12,4% dos votos válidos.
De casa, em Fortaleza (CE), ele tem feito lives
(transmissões ao vivo na internet), dado entrevistas a jornalistas e
influenciadores digitais e postado em redes sociais durante a quarentena. Falou
com a reportagem por telefone, na quarta-feira (10).
"Tenho respeito e gratidão por aqueles que se propõem a
correr o risco de se contaminar e de ser ferido por uma parte da polícia
arbitrária que está a serviço do bolsonarismo. Mas, como homem público, tenho
responsabilidade. Não está na hora de ir para a rua, mas a hora chegará", afirmou o ex-Presidenciável.
"Tudo o que o Bolsonaro quer é distrair a opinião pública da
pandemia e do desastre econômico sem precedentes. Ele pretende criar um campo
de batalha, para coesionar a turma radical que o segue. Criar um caos para que
amanhã a classe média, que hoje é crítica a ele, comece a se assustar e peça
ordem", continua Ciro Gomes.
Com
informações da Folhapress.
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