A ABC Displays, uma empresa de publicidade de Bogotá, na
Colômbia, acaba de divulgar uma solução inédita, porém um tanto mórbida, para a
escassez de leitos hospitalares e caixões durante a pandemia do coronavírus:
trata-se de camas de papelão com grades de metal que podem se intercambiar em
caixões através de dobraduras.
O produto, que irá custar US$ 85 (cerca de R$ 490), foi
projetado, segundo o gerente da empresa, Rodolfo Gomez, após ele ter assistido
às notícias catastróficas vindas do vizinho Equador, onde corpos se amontoavam
por falta de caixões. Isso o inspirou a trabalhar em uma clínica particular
onde desenvolveu um protótipo de cama-caixão capaz de suportar cerca de 150
quilos.
Além da escassez, afirma Gomez, "as famílias pobres
não têm como pagar por um caixão". Os fatos citados pelo empresário
colombiano referem-se à cidade de Guaiaquil, principal porto do Equador, onde
famílias tiveram que manter seus mortos em casa até conseguirem doações de
caixões de papelão para enterrá-los.
O objetivo inicial da ABC Displays é doar 10 camas-caixão
para o departamento de Amazonas, localizado na parte meridional da Colômbia e o
maior do país. O motivo da doação é que a região é uma das mais carentes de
recurso, embora ainda não se saiba se as camas serão utilizadas.
Alguns especialistas expressaram suas dúvidas em relação à
robustez do novo produto. Um médico que examinou o produto alertou que, antes
de ser colocados num caixão de papelão, os corpos devem ser previamente
inseridos num saco selado para evitar uma possível propagação da doença.
A empresa de publicidade, sediada em Bogotá, está
atualmente com suas atividades paralisada em decorrência do lockdown decretado
pelo governo. O País conta com 11.631 casos confirmados de coronavírus, e 481
mortes confirmadas. Grande parte de contaminados veio através da fronteira com
o Brasil.
Na Amazônia brasileira, a cidade de Manaus também enfrenta
uma carência de caixões, tendo recebido na segunda-feira passada (04) um lote
de 300 urnas funerárias para atender à crescente quantidade de enterros
realizados durante a pandemia de covid-19. O sindicato das empresas funerárias
declarou não ter caixões suficientes para a demanda verificada. O estado do Amazonas tem 13.273 infectados pela covid-19
com 1.046 mortes registradas.
Com
informações do Mega Curioso.
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