Uma apoiadora do presidente Jair Bolsonaro bateu com o
mastro de uma bandeira do Brasil na cabeça de uma jornalista da Band News TV
que esperava para entrar ao vivo pela emissora durante manifestação em apoio ao
governo, na capital federal. O episódio ocorreu pouco antes da participação de
Bolsonaro no protesto.
Depois da agressão, a repórter Clarissa Oliveira relatou
que o tom dos manifestantes foi "bastante agressivo" em relação à
imprensa. A responsável pela agressão, de acordo com ela, circulava com a
bandeira do Brasil chamando profissionais da imprensa de "lixo". Após
acertar com a bandeira na cabeça da profissional, a mulher riu da situação e
pediu desculpas, ainda aos risos.
Em nota, a direção de Jornalismo da Band lamentou
"mais essa prova de desrespeito ao trabalho da imprensa". Segundo a
emissora, foi feito o boletim de ocorrência. A Band afirmou que exige
"punição exemplar a esse ato inaceitável de selvageria". "A
agressão à nossa repórter, Clarissa Oliveira, durante manifestação em frente ao
Palácio do Planalto, ofende a liberdade de imprensa e a todos os
jornalistas", diz a nota.
"É absolutamente inadmissível que uma repórter,
exercendo sua profissão, seja covardemente agredida por manifestante radical,
que jamais saberá o real significado do direito de livre manifestação e da
imprensa livre, um dos sustentáculos da Democracia", escreveu, no Twitter,
o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele é
responsável por conduzir na Suprema Corte a investigação sobre a organização de
atos contra a democracia no País.
Com
informações do Correio 24 Horas.
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