Uma segunda investigação da Polícia Federal a respeito da
facada recebida pelo presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2018, durante
compromisso de campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), concluiu que Adélio
Bispo de Oliveira, responsável pelo ataque, agiu por conta própria e não
recebeu ordens de nenhum mandante para cometer o atentado.
Na quarta-feira (13/5), o delegado à frente do inquérito,
Rodrigo Morais, apresentou as conclusões à Justiça Federal em Juiz de Fora.
Segundo ele, “ainda que a maioria das pessoas acreditem na existência de
suporte logístico ao perpetrador do ato delitivo ou no envolvimento de grupos
criminosos especializados, até o presente momento nada de concreto pode ser
concluído a partir desta hipótese criminal”.
“Como já se disse, não havia espaço para a imperícia ou
para uma apuração orientada pelo anseio popular, apesar de inúmeras pessoas
ansiarem por apresentar algo que contribuísse com o trabalho da Polícia
Federal. Até aqui, a investigação, marcada ininterruptamente pelo rigor
técnico, demonstrou que Adélio Bispo de Oliveira atuou sozinho, por iniciativa
própria, tendo sido o responsável pelo planejamento da ação criminosa e sua
execução, não contando, a qualquer tempo, com o apoio de terceiros”, afirma o
delegado no inquérito.
Morais acrescenta que “o que a investigação comprovou foi
que o perpetrador, de modo inédito, atentou contra a vida de um então candidato
à Presidência da República, com o claro propósito de tirar-lhe a vida”.
Para o segundo inquérito, a Polícia Federal analisou objetos
que pertenciam a Adélio, dentre aparelhos celulares e um computador. A
corporação periciou ao menos 2 terabytes de arquivos de imagens, 350 horas de
vídeo, 600 documentos, 700 gigabytes de volume de dados de mídia, 1,2 mil fotos
e mais de 40 mil e-mails. A PF ainda entrevistou 102 pessoas e outras 89
testemunhas.
Com
informações do Correio Braziliense.
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