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Moro segue a Lei e rompe com o Governo Bolsonaro



O ministro mais popular do governo Bolsonaro deixou hoje o posto empurrado pelo próprio presidente em mais uma crise interna criada pelo mandatário. A saída do ministro da Justiça, Sergio Moro, que vem menos de uma semana depois de Jair Bolsonaro demitir o então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta em meio à pandemia de coronavírus, ocorre depois de o presidente exonerar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. 

A confirmação veio em coletiva de imprensa feita por Moro na manhã desta sexta, quando o ministro disse que Bolsonaro confirmou querer interferir politicamente no comando da Polícia Federal e queria colocar alguém como diretor-geral com quem tivesse contato direto e pudesse passar, inclusive, relatórios de inteligência.

“Não é questão de quem, mas porque trocar. É permitir que seja feita interferência política na Polícia Federal. O presidente me disse mais de uma vez expressamente que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele [no comando da PF e nas Superintendências]. Para quem ele pudesse ligar e colher informações, colher relatórios de inteligência”, afirmou o agora ex-ministro. 

Segundo Moro, “passou a haver uma insistência do presidente pela troca no comando da Polícia Federal” desde o segundo semestre. “Sempre disse ao presidente: ‘não tenho problema de trocar o diretor-geral, mas tenho que ter uma causa, um erro grave’”, afirmou. Segundo  Moro, ao realizar essa troca no comando, “estaria clara uma interferência política na Polícia Federal”

Moro foi pego de surpresa nesta sexta com a publicação da exoneração do diretor da PF no Diário Oficial.  Ao falar nesta sexta, ele deixou isso claro e destacou que a “exoneração a pedido”, constante no documento publicado nesta manhã formalizando a saída de Valeixo do comando da PF não teve seu aval e que sua assinatura eletrônica ali para ele foi uma surpresa.

“Em nenhum momento o Valeixo apresentou um pedido formal de exoneração. Achei ofensivo. Vi depois que a Secom afirmou que houve o pedido, mas não é verdadeiro. Esse ultimato também é uma sinalização de que o presidente me quer fora do cargo”.  

Na quinta-feira (23), o ex-ministro havia se reunido com Bolsonaro, que o comunicou que iria demitir Valeixo, homem forte do ministro na PF. O ministro disse então a Bolsonaro que, se o comandante da PF fosse substituído, não permaneceria no governo.

Um dos descontentamentos do presidente - e que teria sido a gota d’água - foi o fato de o diretor-geral da PF ter designado a mesma equipe responsável por rastrear os disparos de fake news para investigar as manifestações do último fim de semana, que tiveram a participação de Bolsonaro, e pediam o fechamento do Congresso e do STF e intervenção militar.


Com informações do HuffPost Brasil.
                                                                                

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